O debate público acerca do desmonte de políticas públicas ampliou-se, nos últimos anos, no Brasil e no mundo. Em um cenário marcado por crises econômicas, sociais e políticas, ecoando pensamentos e ações engendrados por acirramentos que se expressam comumente na organização bipolarizada na forma de frente ampla pela democracia em contraposição à ascensão de governos de extrema direita em diversos países, é necessário refletir acerca de seus efeitos sobre a ação do Estado. Estudos acadêmicos e técnicos publicados recentemente sinalizam a importância que o tema vem ganhando no Brasil. Entre estes, destacamos o trabalho em parceria realizado pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), o Observatório de Políticas Públicas (OPP) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e o Grupo de Pesquisa Gestão de Políticas de Trabalho (GEPOLT), da Universidade de Brasília (UnB) que resultou em 2020 na publicação intitulada Desmonte do estado e das políticas públicas: retrocesso do desenvolvimento e aumento das desigualdades no Brasil. E as seguintes análises técnicas, ambas lançadas em 2022: A conta do desmonte: Balanço do Orçamento Geral da União 2021, publicado pelo INESC, e a coletânea de artigos organizada pela Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (ANESP) sob o título Desmonte de políticas públicas no Brasil: contribuições técnicas para o debate.
Nessa mesa temos por objetivo promover debates sobre o significado dos desmontes, seus impactos e desafios nas políticas pública sociais. Nesse sentido, convidamos os integrantes da carreira federal de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG), para dialogar sobre os atuais desafios relacionados às políticas públicas de direitos humanos e políticas de combate à fome e à miséria.
12 de janeiro de 2023, às 19h00
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